Projeto 365 Fotos

Estou iniciando hoje, 01/01/2013, o Projeto 365 fotos.

Todos os dias publicarei uma foto e farei um breve comentário. Será a visão de uma amadora que ama fotografar e significar. Espero que gostem e acompanhem esse ano de magia e imagens, contribuindo com seu importante e bem-vindo comentário.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A função pai



Sempre gostei de associar músicas aos meus pensamentos e lendo sobre a família lembrei-me de meu pai, já falecido e de uma música do Roberto Carlos que eu dizia ter sido composta para ele, a meu pedido, e ele sorria envaidecido.
“Esses seus cabelos brancos, bonitos, esse olhar cansado, profundo, me dizendo coisas num grito, me ensinando tanto do mundo...” Saudade!
É interessante como a saudade nos faz revirar o passado e eu resolvi ir mais além, compreender não somente o sentimento, mas o pai como função, como lei e regra em nossa vida. Talvez querendo prestar-lhe uma homenagem, justificando sua importância, extrapolando o âmbito familiar para atualizar sua grandeza. O fato é que criei no imaginário uma máquina do tempo e viajei...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Fotos e lembranças

Eu amo fotos antigas! Em papel fotográfico, em preto e branco ou coloridas.
Elas possuem um poder mágico, transcendente. Vão além do momento, do tempo, da imaginação.
Tem a coisa do toque, da verdade sem retoque. Não adianta reclamar, está evidente: a careta, o olho fechado, alguém chamou e a tia virou o rosto na hora da foto, a boca aberta e o garfo cheio a meio caminho... A avó orgulhosa que posou rodeada pelos netos, a tia vaidosa com seu coque (antigo) e vestido de festa. O avô, o pai, a mãe e os irmãos com cara de peraltas e até você (ou eu), pequena, de "chuquinha"...

Fotos amareladas pelo tempo,carregando recordações de momentos bem vividos.
Juro, não é saudosismo. É paixão mesmo, não pelo passado, mas pelas lições que a vida deu, pelas boas marcas que o tempo deixou; afinal, tudo o que somos hoje é resultado disso.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tolerância, um santo remédio

A tolerância é um artigo que está cada vez mais difícil de ser encontrado. Basta dar uma rápida olhada ao redor e perceber o quanto as pessoas estão impacientes. Não é só com o outro, mas com as próprias limitações. Não discutimos no transito só porque o outro nos fechou, porque faz hora na nossa frente... Na verdade estamos irritados com a nossa incapacidade de nos livrar disso tudo, porque não estamos onde gostariamos de estar.

Mas enfim, ao invés de ficarmos batendo na mesma tecla, falando da violência, da agressividade humana, vamos agradecer o pouco de tolerância que ainda nos resta e que nos mantém na condição de humanos.

Recebi um texto, de uma autora indígena, que reproduzo, com a devida autoria.

"Erros da Humanidade saltitam por melhoras!

No Dia da Tolerância, peço aos meus amigos que me compreendam, que possam enxergar o belo no meu interior, quando os meus olhos estiverem tristes e desesperançados. Peço aos amigos que possam perceber o espírito de luta, quando eu estiver desanimada ou desestimulada pela pressão do tempo e da sobrevivência. Peço aos meus amigos que compreendam a minha loucura nos meus textos, nas minhas palavras e nos trejeitos quase inconscientes e sensuais de minha dança, pois minha dança não é minha, é de meu corpo esvaído, cheio de prazer e felicidade produzidos pela música etérea, inimaginável, quase angelical!

Peço aos meus amigos que me amem e que percebam nos meus olhos a sinceridade do existir nas manhãs e nas noites cálidas numa gratidão eterna e divina pela existência!

Obrigada vida! Que maravilhoso é poder ter amigos, ser tolerantes, amáveis, compreensíveis, risonhos no delírio de cada um, seja lá, que delírio for, sem críticas, sem julgamentos. Obrigada, flor da natureza...

Poder enxergar a beleza da manhã na compreensão dos erros da humanidade, que saltitam por melhoras. Obrigada pelo perdão, pelo amor, pelo olhar que eu possa oferecer a cada amigo e que cada amigo possa aceitar os meus gestos e olhares tão doces, amáveis, num tom de ternura que possa modificar mentes com a minha Tolerância!

Obrigada por tolerar a quem a seu lado estiver".

Texto de: Eliane Potiguara, 58 anos, escritora e ativista indígena, professora, contadora de histórias, indicada para o Prêmio Nobel da Paz em 2005 - Projeto Mil Mulheres do Mundo - e autora de "Metade Cara, Metade Máscara" - Global Editora.

Como se vê, o que falta ao mundo é afeto.

Um grande abraço a todos.

Selo Senhora Persona - Gostou? Leve-me com você.

Photobucket